Eis que hoje foi um daqueles
dias importunos – normais de mais –, em que o tempo parece se arrastar. Ninguém
ainda percebeu o brilho diferente em meus olhos, ninguém ainda me abraçou e nem
percebeu a minha ausência e o meu afastamento.
O meu telefone ainda não tocou,
ninguém me procurou – afinal, ainda não precisaram de dinheiro emprestado ou
qualquer outra ajuda – e quando eu procurei, percebi a insatisfação,
indiferença e a indelicadeza na voz de quem me atendeu.
Hoje, eu senti uma falta sem
igual do meu irmão mais velho, e, algo me diz que há reciprocidade nisso. Eu
estou sentindo necessidade de me sentir pequeno e protegido em seus braços como
antes. Necessito de seu silêncio e entendimento; preciso muito de sua
cumplicidade como amigo que nunca me julgou e nem machucou, apenas amou e entendeu.
Irmão – pai –, você é a minha
base. Eu tive que procurar e não encontrar; precisar e não ter e sofrer para descobrir
que eu sempre vou poder contar com você. É recíproco. Eu amo você.
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