Sentimentos & Futilidades

Sentimentos & Futilidades

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nas cinzas do que resta de mim.

O que resta de mim é apenas a mentira que me tornei. Sou agora uma fonte fluida, onde as pessoas bebem e vão embora, sem apreciar sua transparência, importando-se apenas em matar sua sede. Minha vida se transformou em uma criança macabra e deformada, uma filha minha. Apesar de todo meu amor por ela, tenho tido dificuldades de abraçá-la, ajeitá-la e entregar-me de corpo e alma a ela. Tenho dificuldades de aceitá-la e mostrá-lá ao mundo com tamanho orgulho… Oh céus, eu engoli meus sentimentos e eles desceram pela garganta desfigurando-me por dentro! Oh céus, estou me afogando em minhas amarguras sem alguém que se importe em me tirar dessa roleta russa, onde não sei até onde chegarei… Ah, que dor! No peito, na alma, no ego, na vida! Ah, que calor! No sangue, nas veias, nas cinzas do que resta de mim… Ah, que pena, me deteriorei em meus sentimentos, me afoguei em minhas lágrimas e naufraguei. Estou no fundo do oceano, sozinho, esquecido, agarrado à minha vida deformada na esperança de ser encontrado, salvo, descoberto; aqui, dentro de mim, enfim a salvo, agarrado à minha vida, que quer e precisa ser renovada, mudada, renascida. Me salve!

domingo, 13 de outubro de 2013

Exteriorização do meu interior.

Os dias têm amanhecido cinzas, e eu costumo dizer que é uma exteriorização do meu interior, que muda constantemente. Dias cinzas, monótonos, com as mesmas pessoas vazias caminhando em direções contrárias que só olham para o mesmo chão irregular debaixo de seus pés. São pessoas sérias demais para desejar um “bom dia” a uma pessoa que nunca viu na vida, ou sussurrar um pedido sorridente de desculpas ao esbarrar em alguém, devido sua pressa… Essas pessoas têm tanto medo de perder “preciosos” segundos de suas vidas, abrindo mão de pequenos lindos detalhes da vida… Eu só me pergunto: QUE SENTIDO HÁ NISTO? Que sentido há em usar pessoas como escada para subir na vida, ser melhor que o outro, ter mais que o outro e no fim, ser um figurante na novela da vida? Que sentido há nisto? Que sentido há em não ser ninguém, e ter uma única função, que não passa de gastar o nosso oxigênio?

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A ti pertence o meu néctar.

Eis que os anjos tocam as trombetas e os bem-te-vis anunciam tua chegada após intensos dias de luto e lástima. Eis que todas as coisas se renovam e os galhos secos produzem frutos neste solo infértil. Eis que aqui me alegro em teu sorriso que em mim reflete. Eis que diante de ti me reverencio e diante de tua doce nobreza e cordialidade me desabrocho.

Contigo sou flor e a ti pertence meu néctar! Contigo sou bobo da corte, palhaço, assassino e vítima! Contigo contemplo mil faces, mil "eus"! Contigo sou eu. Contigo sou mais eu! A ti pertenço. Diante de ti me reverencio. Meu Deus grego que tem o poder de me afogar em seus olhos; meu príncipe cordial que me convida a sentar ao teu lado; meu anjo caído do céu, enviado para minha força e segurança... Meu pecado carnal, ápice da minha luxúria! Ponto cuminal dos meus desejos e pecados! Limite das minhas ânsias!

Tudo do meu nada. Tudo o que tenho a perder. Tudo o que me importo em manter. Tudo o que eu preciso cativar. Meu ponto forte. Meu ponto fraco. Minha vírgula. Minha reticência. Meu ponto final. MEU.


terça-feira, 18 de junho de 2013

Padecendo no inferno.

Maldirei o relógio eternamente por tal traição. Do torpor de tais sentimentos, se faz maldição! Por onde andou? O que passou, meu anjo? Aqui estive. Aqui estou! Para cuidar de você, tocar seu ombro e mostrar que ao seu lado estou, olhar no fundo dos seus olhos e ser teu. Amigo, companheiro. No teu erro. No teu acerto.
Só não me deixes padecer no inferno. Meu inferno particular. O inferno de Gabriel. Não me deixes arder em minha solidão asfixiosa, consumatória no estalar das chamas de meus sentimentos.
Eu estou aqui. Eu sempre estive aqui! Para te cuidar e proteger, sem você saber. Sem querer saber, quem sabe. Sem entender ou se importar...
 Eu só quero, meu anjo, voar do teu lado, sentir teu abraço e novamente ter a certeza de que assim, me protegendo permanecerás.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Harmonia comigo mesmo.

Finalmente sonhar tem deixado de me ser uma tortura. Finalmente meu espírito está livre a voar em seus mais belos sonhos, enquanto meu corpo jaz em seu recanto, em descanso. Finalmente não tenho lutado comigo mesmo, não tenho me frustrado em uma tentativa de viajar e estar quimicamente e fisicamente preso a este templo carnal que se recusava a libertar meu espírito; que criara um cadeado e que acorrentara meu espírito a ele. Finalmente eu me encontrei! Finalmente estou em total harmonia comigo mesmo (não sei até quando, mas que seja duradouro)! Imergi em meus sonhos! Mergulhei em meus queridos sonhos e agora os tenho de volta! Agora eles têm significados, motivos, sentido, mensagens… Eu tenho tudo o que perdi de volta e não consigo imaginar no mundo algo que me seja mais importante do que essa cura. Eu havia me tornado um simples humano oco, agora sou mergulhador de sonhos, buscando neles cada uma de suas mensagens e o maior de seus prazeres!

domingo, 12 de maio de 2013

Mamãe. ♥

Hoje eu sei que a forma que eu fui gerado é bem mais interessante que a história da sementinha que papai pôs na barriga da mamãe, ou da cegonha... Hoje eu sei que fui gerado a partir do amor de duas pessoas e que sou a prova desse amor e recebi esse amor. Hoje eu entendo cada "não", cada esporro, cada briga, cada tapa... Sua presença todos os dias na escolinha perguntando à professora meu desempenho e acompanhando minha vida de perto. Acompanhando meu crescimento e se preocupando com o que vivo, com o que eu passo e querendo me defender do mundo que sem dúvida é cruel. Posso até comparar a "semente" e a "terra" com nós dois. Nossa ligação através do cordão umbilical, nossa ligação espiritual e o amor que tivera por mim antes mesmo de eu nascer. Mãe, a cada dia eu tenho total certeza de que fui educado por uma rainha e a cada dia ao lembrar de certos momentos, meus olhos são lavados por lágrimas. Eu nunca entendi, mas agora entendo que seus esforços foram porque você me amou mais que a si mesma! Hoje eu entendo que talvez minha vida e forma de viver lhe valha mais que a sua própria. Obrigado por tudo, pois se hoje sou quem sou, sou reflexo do que você é! Eu te amo!


quinta-feira, 28 de março de 2013

Caminhãozinho camuflado.


As coisas de criança ficaram para trás... Vejo meu caminhãozinho camuflado virado no chão como que depois de capotar ao tentar fugir de uma guerra verdadeira. Os soldadinhos de plásticos ainda estão no chão, como que mortos de verdade, mas eu, ainda estou encolhido abraçando meus joelhos enquanto as minhas lágrimas escorrem.

Gritos femininos e um bêbado que eu costumava ver de vez em quando. Que quando saía, não sabia quando o veria novamente. Os dois formando um casal completamente diferente do que se mostravam do lado de fora, segurando minhas mãos, um de cada lado num passeio rotineiro de fim de semana.

Droga, as coisas de criança ficaram para trás! Eu não queria, mas precisava deixar! Era mesmo necessário que o garotinho do caminhão camuflado, se tornasse homem para pôr-se frente à sua mãe em forma de proteção... Que a segurava firme, engolia o choro e prometia que tudo ficaria bem!

Não há mais caminhãozinho camuflado e soldadinhos de plástico ao chão... Não há infância, desenhos animados, Donkey Kong ou Super Mário Broz... Tudo o que resta é um homem brincando de carrinho, e um menininho precisando dirigir seu carro. Droga, as coisas de criança realmente ficaram para trás!


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Amor, amor e amor!


Ainda que não me haja mais ar nos pulmões, palavras nos lábios... Até que o tempo tire-me a sensibilidade do toque, a verdade vai estar sempre gritante e cortante em meu peito, em cada pulsar do meu coração, em cada passo em falso, em cada ato humano; insano; estúpido... AMOR.

Ainda que os olhos percam a verdade e a fama de janela da alma, a ti pertencerei, amor! E se assim, cedo ou tarde eu desista de procurar, em mim acenderá abruptamente a chama adormecida. Erupção, paixão, fogo, amor! Das coisas mais sutis e fatais; dissimuladas e leais; das que doem e acariciam, de ti, direi amor. Que não falta às promessas que faz. Fiel, franco e sagaz, amor, amor e amor!


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Único de forma singular.


Um dia você descobre que o amor sempre esteve em seu coração. Descobre que ele te faz chorar de alegria, tristeza, decepção... Descobre que ele te faz sorrir quando as nuvens formam corações, quando você percebe que há bilhões de pessoas no mundo, mas cada uma lhe cativou de forma diferente e se tornou única de forma singular.

Um dia você descobre que o amor por seus pais é diferente do amor por seus irmãos, parentes, amigos e paixões, mas que não é por isso que você ama mais a um e menos a outro.

Um dia você aprende... E quando você aprender que aprender e entender é a essência de tudo, tudo realmente vai passar a fazer mais sentido.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cacos.

Eu estava em cacos e prestes a transparecer isso. Resolvi engoli-los e me destruir por dentro, só para manter aquela imagem de forte. A base estava aparentemente inteira, mas a qualquer momento, poderia desabar.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Meu querubim.


Quando invades meus sonhos sem pedir licença, amor, como me alegras! O sonho nos dá o que a realidade nos nega, assim como aquelas promessas de que estaria aqui a me esperar e que me pertenceria... Ah, eu não queria acordar, mas eu ao menos senti seu abraço outra vez! Eu entreguei meu espírito em cada um daqueles beijos. Eu me esvaziei para lhe encher!
O MELHOR ABRAÇO DO MUNDO! Não sufoca, não aperta, mas tem um quê de proteção, segurança… Ah, meu querubim, fique aqui! Por favor não se vá, pois eu hei de ser passarinho na gaiola a lamentar e sofrer… 
Estou descobrindo minha identidade. Meu olhar vomita toda a verdade que eu tento esconder. Meu toque te abraça. Eu sou marionete controlada por suas reações às minhas ações... Estranhamente eu sou uma parte do que você é. Estranhamente tenho mais de você do que de mim em mim.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sem nada significar

Hei de andar por caminhos infinitos de consequências eternas de chamas ou calmarias. Ah, nesses caminhos, quantos amigos encontrei, quantos tive de deixar, quantos tive de cativar... Sei que não estou só, tampouco a solidão há de consumir meu coração (agora vazio), mas bater de frente com a vida é pedir para cair.
Sinto-me estranhamente invisível. É como se para alguns eu nunca estivesse ali. É como se para alguns toda a minha entrega não fosse válida e eu hei de sofrer por parcelas. Parcelas longas, que cobram muito do pouco que tenho e que me enfurecem por simplesmente existir.
Existir: “Ter existência real; ser, haver. Viver, estar. Subsistir, durar” de acordo com o dicionário Aurélio. Daí minha certeza de invisibilidade e a minha raiva do “tic tac” do relógio que não cessa seus estalos e exibe a certeza de um tempo que não se detém. Exibe a certeza dessas ideias embaralhadas na minha cabeça e que tanto sente meu coração. A certeza de que em segundos passados, havia dor, e no segundo presente, a certeza de que aprendi com ela.
Invisível: “Que não se pode ver, ou de que não se tem conhecimento”. Esse sou eu a vagar, com olhos atentos, sorrisos costurados e ardor dobrado da consciência de simplesmente existir, sem nada significar.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Meu eu superficial.


Tenho regado a terra com minhas lágrimas doídas, mas já tiro proveito disso. Tenho contemplado a beleza e o crescer de uma planta com raízes fundas e firmes que seguram a terra com força.
Nunca me imaginei, diante de tantas dores, peneirando meus sentimentos e encontrando belezas em coisas tão boas que uma dor pode carregar. Tenho olhado ao meu redor, tantos e tantas rastejando-se e lamentando suas dificuldades, sem apoio e força, e vejo consolo nisso. Sei que minhas dores não são as maiores, nem tampouco, minhas dificuldades as piores. Outrora era eu um desses, mendigando apoio, ombro amigo e atenção.
Agora me vejo como Davi, que era um pequenino diante de um gigante, mas que olhando-o de cabeça erguida, não se intimidou e o enfrentou sem medo. Acho que estou em constante amadurecimento, sabe? Acho que ainda em minha pequenez, não tenho temido ao maior dos penhascos. Acho que estou forte de verdade. Acho que os outros ainda têm visto muito o meu eu superficial. Enxergando a casca, entende? Ah, se soubessem o infinito que há por dentro de mim... Ah, se soubessem a grandeza que cabe num frasco tão pequeno... Seria mesmo muito diferente do que é agora.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Por que tenho feito isso comigo?


Trocando o dia pela noite, tenho explorado coisas que me machucam o peito. Eu nem tenho me dado o trabalho de forçar um sorriso para parecer estar bem. Assim, me peguei outra vez com aquele bolo na garganta, milhares de coisas me perturbando a mente e o coração acelerado. Me peguei confuso, ou quem sabe, inconformado com algumas situações tão fúteis, que já acho que estou banalizando demais meus sentimentos.
Quem eu sou? Aonde vou? Por que vou? Com quem vou? Como vou? Onde estou? Como estou? Onde? Quando? Como? Por quê? Droga! Por que tenho feito isso comigo? De repente, meu reflexo não tem significado nada, e as minhas expressões continuam as mesmas diante do espelho: mancha negra ao redor dos olhos, lábios em linha reta, olhar triste, sobrancelhas arqueadas e o mesmo garoto que insiste em mudar as notas de uma música sem melodia, parada no "dó". Não me culpe, sou uma criança aprendendo a viver.