Sentimentos & Futilidades

Sentimentos & Futilidades

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Sonhos que não eram só meus.


No fim, eu havia construído meus sonhos em castelos de areia sobre algumas pessoas... Eu sou o único e real culpado por cada grão dos meus sonhos terem ido embora junto ao vento. E agora, cá estou eu chorando o leite derramado e me culpando por real culpa de ter esperado que outras pessoas sustentassem sonhos que eram só meus.
Não é fácil se contentar com perdas tão grandes e que fazem grandes estragos em nós, mas eu permiti que os ponteiros do relógio me traíssem numa longa espera... Permiti que cada batida do meu coração se descompassasse por caminhos tortos e sem fim, criados por minhas expectativas em pessoas incapazes de segurar minha mão, e também, incapazes de segurar comigo, aqueles sonhos que no fundo não eram só meus.


sábado, 29 de dezembro de 2012

Me leva um pedaço da alma.

De todas as certezas que podem haver na vida de uma pessoa comum, a única que tenho é incerta. Martela machucando em meu peito como choque nas terminações nervosas. Sei que nada sei. Sinto que tudo sinto. A menor das coisas é gigante para mim, e a maior das coisas não me sacia. Cada segundo cobra mais de mim e me leva um pedaço da alma. Falar não me cabe em palavras. Sentir não me cabe em tocar. Consigo amar quem está longe, odiar quem está perto e vice-versa. Se o meu coração pudesse, choraria. Mas em cada veia corre ácido, e não há nem um rastro de sangue ou humanidade. Sou oito ou oitenta do meio termo, mas tudo de mim se alterna a cada explosão de sentimentos no choque de uma coisa chamada vida.


Poço oco, sem volta.


Essa é a pior das sensações. Uma coisa que eu nunca vou conseguir explicar e ninguém nunca vai poder entender. É como se um enorme buraco negro estivesse aberto em meu peito. Não há motivo, mas dói. É dor emocional, não física. Dói tanto que eu me vejo em desespero. Eu quero me machucar, mas minha cabeça continua no lugar. É como se me machucar tirasse o foco dessa dor que parece infinita! É como se eu estivesse só... Como se o mundo estivesse em movimento lá fora e o meu congelado em um momento que me desgasta e me leva de volta ao pó.
Não é sempre que eu demonstro, digo e provo o que sinto, mas, é necessário que eu me veja em momentos que cobram realmente muito de mim para ver que sozinho, não sou nada. Meu coração pede socorro e ninguém escuta. Se escuta, não se importa! Vejo minha vida sem sentido, e a morte como a tentação que levou Eva a pecar. Nada, nada, absolutamente nada, me tira desse buraco negro sem fim, nem me tira desse poço oco, morto e sem volta. Nada.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Viver vivendo o que o relógio levou.

Hoje eu acordei sem saber se te chamo de meu, se me chamo de seu ou se continuo massacrando meu coração por uma convicção quase que incerta. Acordei sem saber se vou me congelar no tempo e repetir o momento do último beijo e viver vivendo o que o relógio levou. Hoje eu levantei inteiro sem saber se neste dia ia me despedaçar outra vez e me desgastar de vez, sofrendo por um orgulho que é seu. Hoje eu vou dormir com um peso de uma culpa que é só minha e acordar no outro dia com essa mesma sensação. Vou dormir, acordar, levantar, me culpar… Pedir perdão a Deus outra vez e me deixar levar pela mesma rotina de sempre. Vou ver outra vez sua fotografia, te beijar nos lábios em pensamento e dormir não tão inteiro quanto o esperado. Vou dormir com a certeza de que ainda te pertenço, mas sem saber se ainda acordarei inteiro. Hoje eu acordei inteiro… Dormi chorando e acordei sorrindo, após ser possuído outra vez por essa convicção incerta. Agora, te quero mais que ontem e menos que amanhã


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Casa sem colunas.


As palavras têm vindo cheias de um vazio medonho (é contraditório, controverso e confuso). Sem um pingo de verdade, nem um toque de amor... As palavras não têm mais transparecido sentimentos como antigamente. Agora não passam de palavras. Palavras secas, ocas e ásperas. Às vezes atingem-me como arame farpado. Machucam. Mas eu entendo. Sei que o que falamos não é nem um terço do que gostaríamos de dizer. Conheço o bolo que fica na garganta e até faz a cabeça girar. É por isso que eu me esvazio tanto, apenas escrevendo.
Mas eu não quero corações partidos! Eu não quero olhar essa chacina de corações! Amar, amor, tocar, sentir, expressar, escrever amor! Eu não quero mais sentir! Eu não quero mais doar-me! Eu levo isso muito a sério, dando muito de mim sem receber nada em troca. O que seria de uma casa sem colunas? O que seria de um coração sem amor? Eu só preciso que ele continue bombeando sangue, pois de amor, ele já transbordou e esvaziou.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sobre a mesa.

Eu quero foder. Agora cê repara que eu não falei "fazer amor", eu não falei "transar", eu não falei "fazer inheco inheco", eu falei FODER! Agora, eu não quero foder só com você. Eu quero foder com seu chefe, com meu personal trainer, eu quero foder com o Malvino Salvador, eu quero foder com o George Clooney, eu quero foder com aquele menino que faz piadas na internet, eu quero foder com o time da Nigéria, com o exército de Israel e até com o Toinho, o porteiro. Quem sabe até com o seu irmão, Mário Alberto. Mas eu não quero um de cada vez. Eu quero todos ao mesmo tempo. Eu quero levar surra de piroca até semana que vem. Eu quero ficar com o queixo pra dentro que nem o Noel rosa, sabe? De tanto levar saco aqui no queixo, sem conseguir falar. Eu quero ficar tão larga que... Qual é mesmo o nome daquele nadador? Aquele menino comprido? - O Phelps? - Isso! O Phelps! Eu quero ficar tão larga que o Phelps vai enfiar o cotovelo assim, ó,  dobrado dentro de mim e eu não vou nem sentir, por que eu vou estar o que? Vou estar extasiada, entendeu? E eu quero tudo de luz acesa, porque eu quero ver aquele banho de sêmen. Sêmen é o caralho, né Mário Alberto? É porra, né? Banho de porra mesmo, sabe? Bukkake? Coloca no google que você vai saber o que que é. Eu quero levantar que nem um boneco de cera, sabe? Pingando, assim, derretendo. E depois eu vou querer um repeteco. Eu quero escalavrar a boceta. Eu quero levar cutucada no colo do útero, entendeu? E aí depois eu vou querer dar o troco, passar recibo... Vou querer que me chamem de putinha, de vaca, de vadia, de cachorra e depois de putinha de novo. Enfim, pra terminar com tudo isso, eu vou esmerelhar a chapeleta de geral pra limpar a bagunça. E no dia seguinte eu vou acordar poída, assada, que nem um fantoche velho. É isso o que eu quero, Mário Alberto. E você?