Sentimentos & Futilidades
sexta-feira, 22 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Dançando nas estrelas.
Estou vendo o
colorido se tornar preto e branco, e os ritmos de uma escala musical se
tornando uma única batida incessante e pausada: “Boom. Boom. Boom.”. A melodia
se perde no silêncio perturbador que vai engolindo-a. O ritmo que o meu corpo
segue, vai sumindo no breu que vem surgindo. A batida vai perdendo o compasso e
se tornando lenta, pois a dança que o meu coração seguia, voltou a se tornar
uma única batida incessante e pausada: “Boom. Boom. Boom.”.
No céu
faiscante, as estrelas vêm caindo criando formas. As nuvens deixaram o céu e as
estrelas continuam caindo. Voltem nuvens, voltem! Amparem as pobres estrelinhas
que vêm caindo sem parar! O céu as soltou e elas vêm caindo! Pobres
estrelinhas...
Amanheceu e
não há mais céu escuro, nem estrelas sendo soltas, nem nuvens de algodão e nem
belas formas desenhadas pelas estrelas que dançavam em queda livre. A batida
continua insistente e isso me incomoda. Eu quero o ritmo, eu quero as cores, eu
quero amores e danças de tango. Corpos colados, seguindo o ritmo do coração,
numa dança leve e sensual levando do vermelho da paixão que transcende ao azul
do céu borrado pelo branco das nuvens.
A música
esteve ali o tempo todo e as cores nunca me deixaram... O meu coração dançava e
era esse o ritmo que eu seguia. Eu me desconectava do mundo e fechava os olhos.
Agora eu dançava nas estrelas e me tornava uma delas. Eu só precisava de um
motivo para acelerar esse ritmo que se manteve incessante e pausado por tempo
de mais. Eu só precisava disso e nada mais.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Eu me perdi de mim!
Meu amor
dorme ao meu lado, na escuridão da sombra noturna... Eu, um invasor de janelas,
um vírus invadindo corpos e sensações, desejo invadir-lhe.
A idéia de
satisfação, me foge nos rastros dos teus passos que se distanciam. Eu devo
correr até você ou devo ficar e esperar a sua volta?
Veja, eu me
tornei teu último suspiro. Eu evaporei e o que restou de mim, perdeu o valor...
Veja, eu sou teu. Eu respiro você, e olho-te repousando ao meu lado, respirando
lento; livre da perturbação mundana. Veja, os teus passos se perdem num
horizonte infinito...
Socorro! Eu
me perdi de mim! Quem me roubou de mim? Eu respiro outros ares, ando outros
caminhos que não são meus. Eu me perdi de mim!
Amor, meus
olhos te seguem, até que você se torna um ponto final além de mim, além do
horizonte... Eu corro até você, sigo-te! Quando perto de mim tu estás, sou
engolido pela areia movediça...
Veja, eu sou
um bobo apaixonado. Tu vês, sentes e partes. Venha. Vá. Fique. Adeus. Eu sou um
bobo apaixonado e não passo disso. Por favor, perceba.
Meus medos parecem se concretizar.
Não quero
mais dormir. Minhas pálpebras me traíram e resolveram se fechar sozinhas com
seus golpes fortes e pesados em meus olhos que ardem por tamanha sonolência.
De um tempo
pra cá, passei a ter um medo imenso da morte (algo que nunca tive). Estou
apegado à matéria e a última coisa que eu quero, é entrar num sono eternizado.
Acho que eu
estou enlouquecendo, pois agora muitos medos começaram a me pôr contra a
parede... Estou sofrendo pressão psicológica, e a autora de tudo isso é a minha
própria mente.
Agora eu
penso de modo diferente. Acho que eu me alterei interiormente. Eu me tornei
diferente e indiferente. Mais sensível e humano.
Meus medos
parecem se concretizar. Estou com medo de agora escrever coisas que não façam
sentido aos que lêem. Para mim, que escrevi cada uma dessas palavras, tudo faz
sentido completo.
Deixe-me sensível.
Por muito tempo eu fui pisado. Pensem todos que eu sou fraco para se
surpreenderem com a minha reação.
Livros: eu os amo!
Eu precisei
de um amigo e encontrei num livro. Eu precisei de um conselho e encontrei num livro. Eu precisei de um motivo para rir e encontrei num livro... Os livros
sempre foram melhores que as pessoas...
Eu me sinto
vastamente satisfeito em segurar um livro nas mãos e em soprar toda a poeira
que sobre esteve sobre ele pelo tempo em que esteve esquecido (e eu não vejo nada mais cruel
do que esquecer os livros).
Eu amo
aspirar o cheiro de livro velho. Eu amo passar os olhos por suas páginas
amareladas e de escrita rebuscada. É como ter a felicidade nas mãos. É como se
eu fosse uma criança curiosa que acaba de descobrir um tesouro.
Livros: amo
devorá-los. Amo tê-los nas mãos como tesouros. Amo as emoções despertadas por
eles. Amo a ligação entre nós (como o cordão umbilical que liga a mãe ao
filho). Amo aprender e descobrir com eles... Livros: eu os amo!
terça-feira, 12 de junho de 2012
Por favor, viva!
Vejo a minha alma manchada por
seu sangue inocente. Eu não fui o autor do crime, mas sinto que se eu tivesse
tido outra das nossas conversas, eu teria lhe ajudado a desistir de pensar em
desistir de tudo.
Você só queria machucar aos que
ficaram. Eu sei que você só queria chamar a atenção. Sei, pois eu já pensei no
mesmo.
Essa escolha só deu um ponto
final aos seus planos, e logo, com o passar do tempo, pelo menos 80% das
pessoas a quem você queria ferir, vai esquecer que um dia você existiu e
cometeu esse ato inconseqüente.
Eu nunca me importei com a sua
presença, tampouco me vejo chorando a sua partida, mas eu sinto que mesmo não
me importando tanto com o seu status online ou offline da vida, só poderia ter
lhe ajudado a desistir do status offline.
É triste pensar nisso, mas eu não
me importo e nem me culpo... Só acho que eu poderia ter lhe ajudado outra vez. Isso
me deixaria completamente satisfeito, mesmo sem eu me importar com o seu
status.
Agora, eu só queria encostar o
seu caixão e olhar seu rosto pálido em que o sangue não circula mais. Eu
quero vê-lo respirando outra vez, em uma brincadeira de “vivo ou morto” – Por favor,
viva! –. Apenas brincando. Não quero ver-te incapaz de encontrar movimento...
Eu sei que eu correria o risco
de te ver levantar dali e me agarrar o pescoço, pressionando-o com força,
tentando me tirar o ar; só pelo motivo de eu saber que você precisava, e nada
fiz para lhe ajudar.
Estou certo que você não faria isso,
pois agora, o seu templo jaz inanimado... Eu sei também que eu aceitaria que
você me enforcasse, pois eu errei ao ser egoísta, e ao não lhe dar os meus
ouvidos para lhe ouvir e nem a minha boca para aconselhá-lo.
Siga a luz e descanse em paz.
Para mim, você só está
descansando nos braços de Deus. Status ausente. Eu não consigo aceitar o seu
status offline.
terça-feira, 5 de junho de 2012
No canto do rouxinol.
Alguns anos
se passaram desde que você se foi, mas sinto que a vida lhe traz de volta no
canto do rouxinol; na dança dos galhos sacudidos pelo sopro divino; no Sol que
caminha vagarosamente do leste até dormir na calmaria do fim de tarde, no lado
oeste da imensidão do mar, daqui, de onde eu observo.
Sinto-lhe no
ar que invade as minhas narinas, sendo filtrado pelos mesmos pulmões cansados
pelo contínuo trabalho incansável; sinto-lhe na firmeza deste chão agredido por
meus pés violentos e brutos, que parece se abrir quando lembro-me de ti;
sinto-lhe no palpitar do coração que ainda se excita ao ver-lhe em minhas
lembranças... Ainda lhe sinto aqui...
A chuva ainda
cai do lado de fora... Que inveja eu tenho das nuvens! Elas se enchem, e quando
mostram sua fúria, não há quem as encare! Eu quero ter essa facilidade para
liberar essa tempestade que cria uma confusão em mim...
Você se foi,
mas eu ainda lhe sinto aqui, na luz que vejo com uma voz de fundo que diz: “Vá
para a luz, espírito! Continue vagando ao encontro de quem tu verdadeiramente
amas!”, com o chão sumindo sob os meus pés com um ritmo acelerado; com o ar
parando de me invadir; com o coração perdendo o ritmo até parar... Mas com a
imagem fugindo das minhas lembranças e se tornando real, com o Paraíso de cenário,
e nós dois como protagonistas outra vez... Agora sim, eu verdadeiramente lhe
sinto aqui.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
A deriva.
Amor: afeição, compaixão, misericórdia,
inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista,
desejo, libido. Vínculo emocional com alguém. A maior de todas as conquistas do
ser.
O amor? Ah, como eu sou dele! Corpo, alma
e coração! Como eu sou dele... Só dele! Inteiramente e exclusivamente dele!
Erva daninha que cresce; sentimento que
concede a alegria de viver. Entra sem pedir licença; permanece sem pedir permissão
e vai sem deixar pegadas no chão...
E agora, amor, onde você está? Eu pertenço
a você, somente a você... Ai, amor, não me abandone! Eu ainda tenho medo de
escolher errado, de perder o compasso, de ser, quem sabe, pisado! Não me deixes a deriva; não me deixes sem consolo; não me deixes só, pois eu tenho medo, e
ainda pertenço muito a você. Só não me abandone. Nunca. Eu o imploro.
O naufrágio vai ser total...
Ar, nesta
lenta tarde de verão, sua lembrança é uma foto cinza, que com as horas vão se
apagando... É difícil desenhar seus traços meio dia depois de partir.
Ar, se seus
olhos são um tanto negros; se os dentes feitos de hortelã... Não me lembro das
suas sobrancelhas, nem sequer posso falar apenas de outra coisa que não seja a
dor.
A mente
quando abaixa a maré, por puro instinto de conservação, sim, tenta me curar de
pouco a pouco, deixando atrás os passos de amor.
A mente
quando abaixa a maré, mostrando a estrutura da minha dor, ativa um mecanismo de
defesa, para que não afogue o coração.
Ar... Me
falta o ar, sim! Nesta lenta tarde de verão... Não posso descrever você! Sua
lembrança é uma foto cinza... Apenas de perfil! Que com as horas vão se
apagando... Oh não!
Ar... Eu
tento desenhar! Não consigo, Quase já não posso... Por muito mais que eu tente!
É difícil de reconhecer... Por tudo o que eu amo! Me deixe menos, menos
apegado...
Ar... Agora
quando abaixar a maré, o naufrágio vai ser total... Que pena.
De: Dulce Maria (adaptada).
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Com tudo o que eu tenho e sou.
O importante é que eu amei... Eu
amei com tudo o que eu tenho e sou. Se eu me decepcionei, não vejo problema
nisso. Eu já sabia das conseqüências e quis arriscar. Antes eu ter me
decepcionado tanto por ter arriscado, do que ter sofrido por não ter feito aquilo
que tanto almejei.
Eu iluminei todo o caminho por
onde eu andei; sequei os rios que eram cheios das minhas lágrimas; sonhei cada
sonho que realizei... Eu fui meu próprio Sol, minhas próprias lágrimas, meus
próprios sonhos... Eu fui tudo o que eu precisava.
Ah! Eu sinto que eu vou
enlouquecer com o crescer incansável das emoções que atiram flechas para todos
os lados em mim, de dentro pra fora! Eu sinto que vou enlouquecer com esse
arder no peito que transforma paixão em amor...
Que inveja das estrelas que
brilham sem parar; do Sol a iluminar mais um nascer do dia... Inveja da Lua,
que em contato com teu corpo, traz ao clima tropical um lindo efeito de neve;
da ave canora que cede o lugar da voz celeste ao estado humano do mais belo
anjo que ousa a terra habitar...
Ah! Mas o importante é que eu
amei... Eu amei a mim, a você, a nós... A NÓS. Eu amei. Eu amo. Amo as estrelas
nos seus olhos; o Sol tão grandioso, iluminando seu sorriso... Amo a tua pele
branca trazendo a mim a lua; a melodia da tua voz ousada, roubada do canto dos
pássaros... Eu amo... Com tudo o que eu tenho e sou.
Assinar:
Postagens (Atom)