Sentimentos & Futilidades

Sentimentos & Futilidades

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Livre a desenhar o céu.


No vai e vem das ondas, ouço o chiado do seu coração. No alto das pedras do arpoador, a paz. O vento faz música, e os pássaros improvisam um balé no céu, seguindo o sopro do vento. A serenidade que carregas, me traz festa ao coração.
Na linha tênue do horizonte, há a cor do céu caindo em dégradé. A luz parece vir do teu sorriso esbranquiçado. Os teus olhos verdes fixos em mim, me engolem. Venha a mim e permaneça por um instante. Deixe o choque dos nossos lábios falar pelo silêncio...
Não me deixes a ver navios. Ah! Não me deixes abraçar o mar! Sê tu o canto e o encanto que me põe a pecar. Sou eu, em tuas mãos, o dente-de-leão, que no sopro dos lábios teus, se põe livre a desenhar o céu. Somos nós, juntos, o pecado carnal da luxúria. Somos o fogo interminável do Sol. Somos nós, juntos, dois humanos pecadores que dão origem a outro pecado. Somos nós, o pecado do amor, o mistério da paixão.


Forte por fora, fraco por dentro.


Agora o meu interior chora escandalosamente por motivos desconhecidos e por diversas coisas reviradas em mim, que já não contém sentido. Tu que lês, eu lhe pediria perdão se pudesses ver minha face estatual e inexpressiva.
“Socorro, socorro!” — Grita meu coração invejando (por pura inocência) a força transparecida por minha face. “Liberte-me!” — Ele ainda implora com seus batimentos explosivos.
Ergo meus olhos daqui da lama em que me encontro para olhar outra vez a humanidade com esperança. “Vai ficar tudo bem.” — Minto. — “Acredite!” — Me encorajo. — “Não desista!”— Reforço. — “Esperança” — Me convenço.
Razões, emoções... Posso confessar algo de derradeira importância? Nada reforçou tanto o meu caráter quanto a dor. E outra coisa é certa e devo admitir: só existe um abraço que me poderia curar de toda e qualquer dor. 


domingo, 14 de outubro de 2012

Criado para sofrer.


Oh coração, tu és tolo! Tu amas mais que a ti, te entregas mais que o conveniente... Tu foste criado para sofrer, e ser torcido como um pano encharcado. És maldito por apenas amar. Por isso, que sangres até que a vida vos filtre e te arraste para a amargura da morte.
Bata enquanto puder, chores até secar, pois tua hora há de chegar. Foste pisado. Foste dilacerado. Foste banalizado e já não és mais um órgão vital. Tu vives por ti mesmo e és louco por amar e amar. Te ponhas na forca, te mates e que eu não tenha a mínima parcela de culpa por mais um de teus atos insanos.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Você na minha cama.

Eu preciso de você na minha cama, do seu calor me derretendo... Eu quero matar a sede do seu beijo, a fome do teu abraço e a necessidade da tua companhia... Preciso de você além dos planos e fantasias. Além das razões, emoções e escolhas. Só o que me falta é você inteira e verdadeiramente pertencente a mim de forma celestial, pois eu já bati de porta em porta, mas a única porta que me excita a entrar é a sua, por ter sido mais difícil de abrir.