Ai, que medo! Medo do tempo, do espelho e
da junção dos dois… Medo do relógio que mantém seu ritmo incessante. Um medo
que é certo como o giro de 360° dos ponteiros do relógio e incerto como o
espelho e o seu reflexo em anos luz.
Tenho medo da pele enrugada, dos cabelos
ralos e embranquecidos, da falta de firmeza nos ossos e da perda de valor para
a sociedade, sendo tratando com indiferença. Tenho medo de imaginar o tempo
passando correndo e de imaginar/ ver o meu reflexo.
Não! Eu não quero amores que me consumam,
mistérios que me confundam e nem excesso de doçura… Não! Eu não quero que
segurem as minhas mãos, me chamem a atenção e nem que me tirem do chão! NÃO!
Por favor, não acreditem! Eu estou apenas blefando… Logo tudo isso vai passar,
eu sei.
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