Estou vendo o
colorido se tornar preto e branco, e os ritmos de uma escala musical se
tornando uma única batida incessante e pausada: “Boom. Boom. Boom.”. A melodia
se perde no silêncio perturbador que vai engolindo-a. O ritmo que o meu corpo
segue, vai sumindo no breu que vem surgindo. A batida vai perdendo o compasso e
se tornando lenta, pois a dança que o meu coração seguia, voltou a se tornar
uma única batida incessante e pausada: “Boom. Boom. Boom.”.
No céu
faiscante, as estrelas vêm caindo criando formas. As nuvens deixaram o céu e as
estrelas continuam caindo. Voltem nuvens, voltem! Amparem as pobres estrelinhas
que vêm caindo sem parar! O céu as soltou e elas vêm caindo! Pobres
estrelinhas...
Amanheceu e
não há mais céu escuro, nem estrelas sendo soltas, nem nuvens de algodão e nem
belas formas desenhadas pelas estrelas que dançavam em queda livre. A batida
continua insistente e isso me incomoda. Eu quero o ritmo, eu quero as cores, eu
quero amores e danças de tango. Corpos colados, seguindo o ritmo do coração,
numa dança leve e sensual levando do vermelho da paixão que transcende ao azul
do céu borrado pelo branco das nuvens.
A música
esteve ali o tempo todo e as cores nunca me deixaram... O meu coração dançava e
era esse o ritmo que eu seguia. Eu me desconectava do mundo e fechava os olhos.
Agora eu dançava nas estrelas e me tornava uma delas. Eu só precisava de um
motivo para acelerar esse ritmo que se manteve incessante e pausado por tempo
de mais. Eu só precisava disso e nada mais.
FASCINANTE...
ResponderExcluirLilian, meu dever como "escritor" é ser sincero nas palavras, e assim, causar as melhores sensações a quem lê.
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