Sentimentos & Futilidades

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dançando nas estrelas.


Estou vendo o colorido se tornar preto e branco, e os ritmos de uma escala musical se tornando uma única batida incessante e pausada: “Boom. Boom. Boom.”. A melodia se perde no silêncio perturbador que vai engolindo-a. O ritmo que o meu corpo segue, vai sumindo no breu que vem surgindo. A batida vai perdendo o compasso e se tornando lenta, pois a dança que o meu coração seguia, voltou a se tornar uma única batida incessante e pausada: “Boom. Boom. Boom.”.
No céu faiscante, as estrelas vêm caindo criando formas. As nuvens deixaram o céu e as estrelas continuam caindo. Voltem nuvens, voltem! Amparem as pobres estrelinhas que vêm caindo sem parar! O céu as soltou e elas vêm caindo! Pobres estrelinhas...
Amanheceu e não há mais céu escuro, nem estrelas sendo soltas, nem nuvens de algodão e nem belas formas desenhadas pelas estrelas que dançavam em queda livre. A batida continua insistente e isso me incomoda. Eu quero o ritmo, eu quero as cores, eu quero amores e danças de tango. Corpos colados, seguindo o ritmo do coração, numa dança leve e sensual levando do vermelho da paixão que transcende ao azul do céu borrado pelo branco das nuvens.
A música esteve ali o tempo todo e as cores nunca me deixaram... O meu coração dançava e era esse o ritmo que eu seguia. Eu me desconectava do mundo e fechava os olhos. Agora eu dançava nas estrelas e me tornava uma delas. Eu só precisava de um motivo para acelerar esse ritmo que se manteve incessante e pausado por tempo de mais. Eu só precisava disso e nada mais.


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