As
palavras têm vindo cheias de um vazio medonho (é contraditório, controverso e
confuso). Sem um pingo de verdade, nem um toque de amor... As palavras não têm
mais transparecido sentimentos como antigamente. Agora não passam de palavras.
Palavras secas, ocas e ásperas. Às vezes atingem-me como arame farpado.
Machucam. Mas eu entendo. Sei que o que falamos não é nem um terço do que
gostaríamos de dizer. Conheço o bolo que fica na garganta e até faz a cabeça
girar. É por isso que eu me esvazio tanto, apenas escrevendo.
Mas eu
não quero corações partidos! Eu não quero olhar essa chacina de corações! Amar,
amor, tocar, sentir, expressar, escrever amor! Eu não quero mais sentir! Eu não
quero mais doar-me! Eu levo isso muito a sério, dando muito de mim sem receber
nada em troca. O que seria de uma casa sem colunas? O que seria de um coração
sem amor? Eu só preciso que ele continue bombeando sangue, pois de amor, ele já
transbordou e esvaziou.
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