Sentimentos & Futilidades

Sentimentos & Futilidades

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Casa sem colunas.


As palavras têm vindo cheias de um vazio medonho (é contraditório, controverso e confuso). Sem um pingo de verdade, nem um toque de amor... As palavras não têm mais transparecido sentimentos como antigamente. Agora não passam de palavras. Palavras secas, ocas e ásperas. Às vezes atingem-me como arame farpado. Machucam. Mas eu entendo. Sei que o que falamos não é nem um terço do que gostaríamos de dizer. Conheço o bolo que fica na garganta e até faz a cabeça girar. É por isso que eu me esvazio tanto, apenas escrevendo.
Mas eu não quero corações partidos! Eu não quero olhar essa chacina de corações! Amar, amor, tocar, sentir, expressar, escrever amor! Eu não quero mais sentir! Eu não quero mais doar-me! Eu levo isso muito a sério, dando muito de mim sem receber nada em troca. O que seria de uma casa sem colunas? O que seria de um coração sem amor? Eu só preciso que ele continue bombeando sangue, pois de amor, ele já transbordou e esvaziou.


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