Tenho regado a terra com minhas lágrimas doídas,
mas já tiro proveito disso. Tenho contemplado a beleza e o crescer de uma
planta com raízes fundas e firmes que seguram a terra com força.
Nunca me imaginei, diante de tantas dores,
peneirando meus sentimentos e encontrando belezas em coisas tão boas que uma dor
pode carregar. Tenho olhado ao meu redor, tantos e tantas rastejando-se e
lamentando suas dificuldades, sem apoio e força, e vejo consolo nisso. Sei que
minhas dores não são as maiores, nem tampouco, minhas dificuldades as piores.
Outrora era eu um desses, mendigando apoio, ombro amigo e atenção.
Agora me vejo como Davi, que era um pequenino
diante de um gigante, mas que olhando-o de cabeça erguida, não se intimidou e o
enfrentou sem medo. Acho que estou em constante amadurecimento, sabe? Acho que
ainda em minha pequenez, não tenho temido ao maior dos penhascos. Acho que
estou forte de verdade. Acho que os outros ainda têm visto muito o meu eu
superficial. Enxergando a casca, entende? Ah, se soubessem o infinito que há
por dentro de mim... Ah, se soubessem a grandeza que cabe num frasco tão pequeno...
Seria mesmo muito diferente do que é agora.
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