Sentimentos & Futilidades

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Meu eu superficial.


Tenho regado a terra com minhas lágrimas doídas, mas já tiro proveito disso. Tenho contemplado a beleza e o crescer de uma planta com raízes fundas e firmes que seguram a terra com força.
Nunca me imaginei, diante de tantas dores, peneirando meus sentimentos e encontrando belezas em coisas tão boas que uma dor pode carregar. Tenho olhado ao meu redor, tantos e tantas rastejando-se e lamentando suas dificuldades, sem apoio e força, e vejo consolo nisso. Sei que minhas dores não são as maiores, nem tampouco, minhas dificuldades as piores. Outrora era eu um desses, mendigando apoio, ombro amigo e atenção.
Agora me vejo como Davi, que era um pequenino diante de um gigante, mas que olhando-o de cabeça erguida, não se intimidou e o enfrentou sem medo. Acho que estou em constante amadurecimento, sabe? Acho que ainda em minha pequenez, não tenho temido ao maior dos penhascos. Acho que estou forte de verdade. Acho que os outros ainda têm visto muito o meu eu superficial. Enxergando a casca, entende? Ah, se soubessem o infinito que há por dentro de mim... Ah, se soubessem a grandeza que cabe num frasco tão pequeno... Seria mesmo muito diferente do que é agora.


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