Sentimentos & Futilidades

Sentimentos & Futilidades

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Livre a desenhar o céu.


No vai e vem das ondas, ouço o chiado do seu coração. No alto das pedras do arpoador, a paz. O vento faz música, e os pássaros improvisam um balé no céu, seguindo o sopro do vento. A serenidade que carregas, me traz festa ao coração.
Na linha tênue do horizonte, há a cor do céu caindo em dégradé. A luz parece vir do teu sorriso esbranquiçado. Os teus olhos verdes fixos em mim, me engolem. Venha a mim e permaneça por um instante. Deixe o choque dos nossos lábios falar pelo silêncio...
Não me deixes a ver navios. Ah! Não me deixes abraçar o mar! Sê tu o canto e o encanto que me põe a pecar. Sou eu, em tuas mãos, o dente-de-leão, que no sopro dos lábios teus, se põe livre a desenhar o céu. Somos nós, juntos, o pecado carnal da luxúria. Somos o fogo interminável do Sol. Somos nós, juntos, dois humanos pecadores que dão origem a outro pecado. Somos nós, o pecado do amor, o mistério da paixão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário