Lembranças de um tempo inocente e pacífico… Infância, mãe da nação, reino que abriga a pureza, a inocência e o “tudo pode”. Será um sinal? Um sinal de que a vida é curta? Que até ontem eu era uma criança, e hoje sou um rapaz quase adulto? E amanhã, o que serei? Um velho cansado, que passou pela vida sem nada viver, carregando o fardo pesado de culpa e arrependimento por ter deixado tudo passar diante dos olhos? Será preciso esperar os últimos segundos da vida para dar valor a ela? Será preciso deixar de viver para aprender a viver? Eu só queria abrir os olhos em uma manhã de inverno com cinco anos outra vez, receber o beijo de “bom dia” da mamãe, entrar no guarda roupas para se esconder do irmão mais velho e brincar de ser adulto… Só brincar, por que na prática, é difícil demais.
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