Sentimentos & Futilidades

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Dor.


Dor quem sabe da ausência de alguém que DEVERIA estar aqui; dor quem sabe de uma queda recentemente recuperada; dor física, ou até mesmo dor psicológica. Dor quem sabe de uma perda, ou algo do tipo. Perda de um amor, de uma amizade, de um familiar, de um ser querido, de um animal, talvez. Dor abandone-me de uma vez, deixe-me em paz. Já não aguento o fato de dormir tendo-te dominando-me, acordar ao teu lado e ver que tu permaneces aqui a cada minuto, a cada instante. Doses homeopáticas, sofridas e lentas... Doses de um passado que persegue-me até o presente. Preciso de doses homeopáticas de morfina, tornando-me imune por minutos incontáveis e indecifráveis, mas o suficiente para deixar-me livre de toda essa dor. Retira-te de uma vez, deixe-me viver em paz, não me persigas; não me prendas nunca mais a ti. Decidi por fim enterrar-te e pôr-te em seu devido lugar. Não tornes a se aproximar; encaminhe-se desta vez para onde realmente deverias estar (ao lado de quem realmente mereça). Já provei por muitas vezes da tua realidade, e agora estou vacinado, forte o bastante para ordenar-te a nunca mais voltar.

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